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sexta-feira, 21 de maio de 2010

Releitura

"Cópia não é Releitura."



Segundo Heleny Galati * (MASP) "a diferença entre Releitura e cópia é a seguinte: na cópia você reproduz fielmente (ou pelo menos tenta) o quadro do artista. É isso que os falsificadores fazem. Neste caso você está apenas preocupado com o poder de observação e capacidade para copiar que seu aluno tem. Já a Releitura implica em produzir aquilo que se entendeu da obra, sem preocupações com semelhanças. É o sentimento se aliando à observação na produção de um trabalho."



Entretanto...**



"Os artistas não criam num vazio. Eles são constantemente estimulados por outros artistas e pelas tradições artísticas do passado."

" Veja-se Picasso, por exemplo(...). A despeito de seu espírito imensamente fértil e original, Picasso também procurou revigorar-se voltando aos mananciais da tradição. Assim, em fevereiro de 1960, retornou mais uma vez a um famoso quadro de Manet em busca de inspiração."

"Almoço na relva, de Manet, mostra duas mulheres (uma nua, outra em camisa) e dois homens vestidos num bosque, à beira de um riacho, desfrutando de um piquenique."

Édouard Manet: Almoço na relva, 1863.

" A primeira pintura de Picasso sobre o mesmo tema é uma cópia razoavelmente direta da obra de Manet, pelo menos, no que diz respeito ao número e localização das figuras, embora o estilo seja, é claro, acentuadamente diferente."

Pablo Picasso: Almoço na relva, 1960.

"(...) Começou a reelaborar os detalhes, a modificar os elementos, por vezes remodelando até a composição toda. Em 1963, tinha produzido nada menos de 27 óleos e mais de 150 desenhos baseados no famoso original de Manet."

Pablo Picasso: Almoço na relva, 1963.
"A própria pintura de Manet causou sensação quando foi exposta em 1863, sendo considerada revolucionária. Mas, embora Manet tivesse pintado o quadro em seu próprio estilo, também ele fora buscar a idéia na tradição (...), gravura do séc. XVI, cópia de uma composição (hoje perdida) de Rafael."
Marcantonio Raimondi: Detalhe de O julgamento de Páris, 1520.
"(...) o próprio Rafael, como outros grandes artistas, inspirou-se reconhecidamente na tradição, pois seus deuses fluviais são claramente sugeridos pelos fragmentos mutilados do relevo de um sarcófago que ele deve ter visto e estudado em Roma."
Detalhe de um sarcófago romano, mostrando desues fluviais, séc. III d.C.



* Contato via correio eletrônico. Manteve-se o texto original.



** Textos e fotos extraídos da obra "História da arte da Universidade de Cambridge: A Arte de Ver a Arte" de Susan Woodford, Ed. Círculo do Livro:1983, p.75 à 78.



Um comentário:

  1. Boa noite ! gostei muito dessa pagina sobre as pinturas e sarcófago . Mais infelismente nao consegui fez nenhuma imagem. Nenhuma delas abriu . Será que voce poderia manda-las pra mim ? aguardo retorno . e-mail: jessika_branda0@hotmail.com

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